Total de visualizações de página

terça-feira, 27 de março de 2012

CHICO ANYSIO E A MORTE

           No último domingo (25/03), o Fantástico fez uma bela homenagem ao talentoso humorista que nos deixou. Foi exibido nesta homenagem o “O que vi na vida”, onde Chico Anysio fala sobre morte e vida. Uma frase chamou a atenção: “Sei que vou morrer e não tenho medo de morrer. Tenho pena.

            Neste domingo, dia primeiro de Abril, a Igreja Cristã celebra o domingo de Ramos. Lembra-se da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado num jumentinho, o povo lhe estendendo os ramos das palmeiras e gritando: “Hosana ao que vem em nome do Senhor!”

            Mas, o que isso tem a ver com Chico Anysio? Bem na verdade, não tem muito a ver com ele, mas com o que ele disse: “Não tenho medo de morrer. Tenho pena.”

            Para entendermos melhor, temos que voltar a Êxodo 12.3, onde diz que no dia dez do primeiro mês cada pai de família escolheria um carneirinho sem defeito. Deveriam preparar e guarda-lo até o dia catorze deste mês, e então deveriam matar os animais. Isso lembrava a saída do Egito, a celebração da páscoa Antiga, onde Deus libertou o seu povo através do sangue do cordeiro no umbral das portas.

            A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém aconteceu exatamente no dia 10 do mês de Nisã (primeiro mês do calendário Judeu). Deus escolheu o seu cordeiro sem defeito. Deus preparou O Sacrifício da páscoa. É exatamente no 14º dia que Jesus é posto na cruz. O Cordeiro de Deus foi abatido para dar o perdão dos pecados à humanidade.
            Jesus, ao entrar em Jerusalém, sabia que estava indo para a cruz. Talvez o pensamento de Jesus fosse semelhante ao de Chico Anysio: “Sei que vou morrer e não tenho medo.” Jesus sabia o que o esperava, mas não tinha medo, pois sabia que a salvação da humanidade dependia do Cordeiro de Deus. A diferença entre Anysio e Jesus é que no caso de Anysio perde-se uma vida, já no caso de Jesus o mundo ganha vida.
            Chico Anysio disse que tem pena de morrer, pois não veria o crescimento de seus netos e amigos queridos. Jesus Cristo, em Lucas 19.41, disse que tinha pena de Jerusalém e até chorou diante da cidade.

            Chico sentiu pena porque ele não veria seus netos (benefício próprio), Jesus sentiu pena porque Jerusalém não conseguia ver o Cordeiro de Deus que estava diante deles (benefício do próximo).
            Aí está, Deus preparando o seu cordeiro para ser dado em sacrifício de uma vez por todas, para o perdão de todo aquele que nele crer. Este cordeiro não tem medo da morte, pois Ele amou o mundo. Mas, ainda sente pena daqueles que não conseguem olhar para Ele e lhe entregar a vida. Amém.
                                                                                          Pastor Ismael Isaque Verdin.

terça-feira, 6 de março de 2012

OBESIDADE INFANTIL E A MODERAÇÃO



     O Ministério da Saúde está preocupado com a obesidade infantil. Uma em cada três crianças está acima do peso. Assim, deu-se início a guerra contra a balança nas escolas, buscando uma reeducação alimentar.


            Mas será que deveríamos nos preocupar só com as gordurinhas? O que fazer contra a obesidade moral, ética e de valores existenciais?

            A obesidade é somente mais uma desarmonia de uma sociedade totalmente desarmônica. Passaram-nos um ideal de vida perigoso: “Carpe Diem”, que quer dizer: “aproveite o dia ao máximo”. Poucos se lembram de olhar a origem desse pensamento. Ele nasceu em Roma, com o poeta romano Horácio. Fora escrito diante de uma sociedade decadente e diante da fragilidade da vida.

            Temos que lembrar de aproveitar o nosso dia, mas não podemos matar a consciência do amanhã. Hoje vivemos esse ideal de uma forma absurda, como se a vida acabasse hoje, não precisando lutar por uma sociedade melhor.
Sem dúvida o momento de fazer as coisas acontecerem é agora, mas não podemos nos empanturrar hoje esquecendo que amanhã teremos que carregar nosso peso.

            Nós, cristãos, devemos lutar por uma sociedade moderada. Pessoas que pensam nos seus atos e suas consequências, que pensam no amanhã e se desdobram por fazer o melhor. De forma alguma somos abstêmios, dizendo que não podemos aproveitar o dia. Mas somos moderados, um povo que sabe como aproveitar o dia.

            O Apóstolo Paulo disse: “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém.” Somos livres, mas a liberdade pode acabar aprisionando. Assim, lutamos por valores para o nosso mundo, pois nós sabemos que a vida ainda não acabou e, ainda mais, sabemos que a vida não acabará para aqueles que creem em Cristo como seu Salvador, pois sabemos que há vida após a morte. Nós temos esperança e previsão de futuro.

            Para estabelecer valores existenciais, aprendamos a ler o Manual do Criador da vida. Leia a Palavra de Deus para que o Criador lhe molde dentro do plano estabelecido para esse mundo. Até porque não queremos ser obesos morais, espirituais ou físicos. Assim, optamos em tudo pela moderação que é descrita no Livro da Vida, a Bíblia Sagrada.

Artigo escrito por Pastor Ismael Verdin