O presidente Norte Americano Obama, fez questão de deixar bem claro em sua declaração sobre a morte de Bin-Laden que essa é uma guerra travada contra o terrorismo e não contra o Islã.
Por que associamos tão rapidamente o terrorismo com a religião Islâmica? Porque os terroristas dizem que fazem isso porque é a vontade de Alla (Deus para o muçulmano). No entanto, essa não é a verdade para milhares (grande maioria) de mulçumanos pacíficos, pessoas íntegras e que fazem o bem ao próximo. Assim como grupos terroristas deturpam o nome do Islamismo, assim também, líderes e grupos religiosos também deturparam o nome do Cristianismo no passado e ainda o fazem hoje.
Alguns escritores tratam o Islã como religião violenta porque a Sura (Parte do Alcorão – livro sagrado para o mulçumano) 9 versículo 5, diz: “Matai os idólatras onde quer que os encontreis, e capturai-os, e cercai-os e usai de emboscadas contra eles.” Olhando para esse versículo sozinho e fora do contexto, certamente é de se afirmar que essa religião é violenta. Mas, o que dizer então dos vários versículos bíblicos de Deutoronômio que afirmam algo parecido? Ler essas passagens e concluir que o Islamismo, Judaísmo e Cristianismo são religiões violentas é sem dúvida uma mentira.
No Cristianismo, por exemplo, Jesus reinterpreta a Lei e a resume numa palavra: Amor. Devemos amar a Deus, e devemos amar ao próximo. Longe de terrorismo religioso, como muitos cristãos já praticaram também. No Islamismo, a Sura 2,190 diz: Combatei, pela causa de Deus, aqueles que vos combatem; porém, não os provoqueis, porque Alla não estima os agressores.
Os problemas sempre são as interpretações erradas, sem conhecimento do todo. No caso do terrorismo, um exemplo é a Fatwa (decreto religioso) de 1998, onde Bin-Laden diz que é dever do muçulmano matar americanos. Para afirmar isso, Bin-Laden citou a Sura, mas citou apenas partes dela dizendo ser isso a verdade que ela afirma. Muitos cristãos, mesmo não sendo terroristas, e não usando isso para matar o próximo, fazem a mesma coisa. Pegam versículos isolados para afirmar suas verdades e para enganar o povo.
De onde veio esse grupo terrorista islâmico?
Wahhabismo é um termo importante para entender o extremismo religioso. Descontente com o Islã, Wahhab propôs um retorno radical às origens do Islã. Com essa volta as origens, ele propunha uma interpretação radical do Alcorão. Os Wahhabistas se consideravam o verdadeiro Islã. Esse movimento, entre derrotas e vitórias foi crescendo, até que, no século XX tomou grande força quando Ibn Saud conseguiu fundar a Arábia Saudita. Assim o Wahhabismo se tornou a religião estatal e foi financiado pela Casa real saudita para espalhar escolas por todo mundo islâmico. O Wahhabismo era fundamentalista, contudo não era extremista ou terrorista.
Em 1928, al-Banna, adepto ao Wahhabismo criou a Irmandade Muçulmana no Egito. Al-Banna tomou rumos mais radicais e queria a reunião dos muçulmanos sob o governo de um novo Califa. A Irmandade Mulçumana foi um sucesso imediato, e seguia sua ideologia de volta as origens com uma visão ainda mais radical que o Wahhabismo.
Em 1939 a Irmandade passou a atuar como grupo político organizado e, depois de 1945, sofreu uma mudança mais radical: aderiu à violência e ao terror, praticando assassinatos políticos com o objetivo de derrubar o governo egípcio. A Irmandade tomou grandes proporções, principalmente pelo fato de al-Banna ter modificado o conceito de Jihad. Até então, jihad era um “esforço” interno do muçulmano dentro de si para se manter no caminho correto (jihad maior) e uma guerra defensiva em caso de ataques de infiéis contra a nação (jihad menor). Al-Banna ampliou a noção de jihad. Deixa de ser uma guerra defensiva apenas por territórios perdidos ou ameaçados e passa também a ser a defesa do Islã como religião, contra todos aqueles que não a praticam corretamente. Jihad passou a ser a guerra que o mulçumano tem que travar para converter o muçulmano ao Islã puro, mesmo que, para isso, tenha de pagar com a própria vida. O slogan da Irmandade se tornou: “Preparem-se para o jihad e sejam amantes da morte”.
Em 1951 Qutb entrou para a Irmandade e se tornou líder dela anos depois. Ele é o responsável pela principal transformação o movimento radical islâmico. “Se antes a luta era para devolver ao Islã a sua forma original e reunir todos os muçulmanos num só califado, depois de Qutb a meta passou a ser a conversão de todo o mundo ao Islã, sem exceção”. Como fazer isso? Através do jihad.
A Irmandade deu origem a quase todos os grupos terroristas. Além do Jihad Islâmico, o Hamas nasceu da Irmandade, e a história da Al-Qaeda, que pertencia Bin-Laden, é indissociável da Irmandade. As ramificações do terrorismo são muitas, acredito que seja por este motivo que a Europa tenha sido tão silenciosa em sua manifestação diante da morte de Bin-Laden. A Alemanha afirmou em nota oficial: vencemos uma batalha, mas não vencemos o terrorismo.
Devemos, contudo, diferenciar hoje o terrorismo do Islamismo. Assim como Obama afirmou: é guerra contra o terror e não contra o Islã. O Islã é uma religião que também prega a paz. O que nos diferencia deles é a base da fé. Cristãos acreditam na Bíblia como revelação de Deus; muçulmanos acreditam no Alcorão como revelação de Deus. Eles rendem culto a Alla; nós a Deus triúno: Pai, Filho e Espírito Santo.
A nós cristãos a diferença é grande, porque nós acreditamos no que Cristo fez por nós. Acreditamos que não é a nossa bondade que nos salva, mas sim a bondade de Jesus Cristo que é derramada sobre nós. Se fizermos uma lista de todas as coisas boas que já fizemos e colocarmos lado-a-lado com a lista da perfeição de Deus, qualquer ser humano se desespera. Porém, nós cremos que Jesus Cristo morreu por nós e colocou a sua santidade e perfeição em nós. Assim, não somos nós que vivemos, mas Cristo que vive em nós. Através dele somente, nós somos salvos e recebemos a paz de Deus. Creia Nele e viva em Paz.
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